terça-feira, 19 de outubro de 2010

.com Tempo


.Com o tempo -

Depois de algum tempo você
aprende a diferença, a sutil
diferença entre dar
a mão e acorrentar uma alma.
E você aprende que amar não
significa apoiar-se,
e que companhia nem
sempre significa segurança.
entao voce se depara com promessas que não vão adiante.
E começa a aprender que
beijos não são
contratos e presentes
não são promessas.
E começa a aceitar suas derrotas
com a cabeça erguida e
olhos adiante, com a graça
de um adulto e não com
a tristeza de uma criança.
entao voce começa novamente.
E aprende a construir todas
as suas estradas no hoje,
nunca é tarde para recomeçar !
Observe a uma arvore, tudo nela é recomeço.
No lugar da poda surgem os brotos novos.
Com a água, a planta renasce novamente
Nada para .
A própria terra se veste diferentemente todas as manhãs em seu manto gloriozo e perfumado!
Isso acontece também com voce e comigo.
A ferida cicatriza, as dores se vão, a doença é vencida pela saúde, a calma vem após o nervosismo.
O descanso restitui as forças.para voce se levantar e seguir em frente :D
Recomece. Anime-se . Se mová .
Se preciso, faça tudo novamente.

Assim,Todo dia será um recomeço, todo recomeço uma luta, toda luta um resultado,
vitórias, derrotas, tudo isso fica em segundo plano pois o principal é o aprendizado. &é a VIDA!

sábado, 2 de outubro de 2010

Sintonia ~


O cérebro é como um aparelho emissor e receptor de ondas mentais; o pensamento é um fluxo energético do campo espiritual. A vibração é um movimento de vaivém, chama-se movimento vibratório. Sintonia é a identidade ou harmonia vibratória, isto é, o grau de semelhança das emissões ou radiações mentais de dois ou mais espíritos, encarnados ou desencarnados, ou seja, afinidade moral.

Sabe-se que o pensamento é um fluxo fluídico, é matéria sutil do corpo espiritual, logo é concreto e, às vezes muito visível, podendo perdurar longamente em dadas circunstâncias. Portanto o padrão vibratório é uma maneira de definir o padrão moral do espírito. Atraímos as mentes que possuem o mesmo padrão vibratório que o nosso,e que estão no mesmo nível moral :D

A comunicação interespiritual é controlada pelo grau de sintonia, a qual a seu turno, decorre da afinidade . Temos, por isso, a companhia espiritual que desejamos mediante o nosso comportamento, sentimentos, pensamentos aspirações . Estão em nosso redor aqueles que sintonizam conosco ou têm contas paraa ajustar.

É o caso e a hora de se perguntar:

~ Como podemos elevar cada vez mais as nossas vibrações eeee , assim, aprimorar a capacidade de sintonia e vibração :?

Resposta - Enriquecendo o pensamento por meio do desenvolvimento da INTELIGÊNCIA; - estudo, conhecimento, SENTIMENTO; - prática do bem, serviço prestado, moralidade, em suma, auto-aperfeiçoamento pelo esforço próprio no caminho do BEM -

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

No LiMiT

O que significa limites pra voce ? pra mim não passa de uma palavra usada aos fracos, não posso colocar limites em minha vida , porque cada dia que passo vejo que me supero me desenvolvo e cresço cada vez mais.
As coisa que pensava que nunca iria fazer hoje eu faço hoje pode ser uma das peças fundamentais da minha vida , é só você sentir a necessidade ou se envolver em situações que requer que você prove que você é apto a ser qualquer coisa ou lidar qual qualquer coisa ou ate quando você mesmo que não querendo tem de se movimentar e agir . Você é basicamente obrigado a exercer as tais funções. Pense desse modo nunca bote limites em você , todos somos iguais e somos capazes de fazer o que quiser é só batalha e correr atrás do seu sonho que você alcança somos sem limites somos capaz de ser o que quiser!
basicamente é só controlar suas atitudes e ações ordenar seus compromissos e ser um

a boa pessoa , não deseje mal , plante o bem - desse modo que você vai se expandir muito mais e vai ser uma pessoa muito mais evoluída não seja hipócrita a evolução é agora !

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Oque voce Aprendeu ?


EU APRENDI QUE
NINGUEM É PERFEITO ATE KI VC
SE APAIXONE POR OUTRA PESSOA;
QUE A VIDA É DURA,MAS EU SOU MAIS AINDA;
QUE AS OPORTUNIDADES NUNCA
SAO PERDIDAS,
ALGUEM SEMPRE VAI APROVEITAR AS KI VC PERDEU;
EU APRENDI
QUE DEVEMOS SEMPRE TER PALAVRAS
DOCES E GENTIS,POIS AMANHA
TALVEZ TENHA QUE ENGOLILAS;
EU APRENDI
QUE UM SORRISO É A MANEIRA
MAIS BARATA DE MELHORAR SUA APARENCIA;
EU APRENDI
QUE NAO POSSO ESCOLHER COMO ME SINTO,
MAS POSSO ESCOLHER O QUE
POSSO FAZER A RESPEITO;
QUE TODOS QUEREM ESTAR NO TOPO DA MONTANHA,MAS
TODA A FELICIDADE E CRESCIMENTO OCORRE QUANDO
VOCE ESTA ESCALANDO-A
EU APRENDI
QUE QUANTO MENOS TEMPO TENHO,MAIS COISAS CONSIGO FAZER!
E TAMBEM APRENDI
QUE DEUS SEM MIM É DEUS !
E EU SEM ELE NÂO SO NADA :S

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Samurai ?


Ninguém sabe com certeza quem foi o primeiro samurai. Historiadores contam que nos séculos V, VI e VII d.C., havia rivalidades entre príncipes e clãs, bem como guerras de sucessão quando um imperador morria. Todavia, a maioria das lutas ocorria contra os nativos das ilhas do Japão, aos quais o Japão Imperial se referia como emishi, ou bárbaros.
Alguns imperadores perceberam que os emishi eram bons lutadores e os recrutaram para lutar em batalhas contra outros clãs ou ordens religiosas rebeldes. Algumas das táticas militares e tradições dos emishi foram incorporadas pelos soldados japoneses e, mais tarde, usadas pelos samurais.

O status do samurai como uma classe de elite vem da proliferação das famílias poderosas que viviam longe da capital, transferindo suas terras e seu prestígio de uma geração para outra por centenas de anos. Os membros dessas famílias de guerreiros ou clãs alcançaram o status de nobreza.

Tradições militares bárbaras se combinaram com o status de elite e o código do guerreiro kyuba no michi para formar o molde do antigo samurai. De acordo com algumas fontes, a palavra samurai apareceu pela primeira vez no século XII. Por um longo tempo, os samurais constituíam a principal força militar usada contra os emishi e outros clãs.

Em 1100, dois poderosos clãs serviam ao Imperador do Japão: o clã Taira e o clã Minamoto. Estas duas famílias se tornaram rivais e, em 1192, Minamoto Yoritomo liderou seu clã à vitória sobre o clã Taira. O imperador, chefe tradicional do governo japonês, declarou Minamoto Yoritomo como xogum, o chefe militar. Mas Yoritomo usou seu novo cargo para tirar do imperador todo o poder político, tornar permanente sua posição de xogum, e montar uma ditadura militar conhecida como bakufu. Assim, os samurais passaram de servos dos daimyos proprietários de terras a regentes do Japão, sob o xogum.

Depois que Yoritomo morreu, sua esposa, Masa-ko, procurou manter o xogunato. Embora não fosse completo, os Hojos, sua família, mantiveram o controle do Japão por mais de 100 anos.

O clã Ashikaga arrancou o controle dos Hojos em 1338. Os Ashikagas falharam ao tentar impor uma autoridade central forte no Japão e os clãs entraram em decadência devido às lutas constantes. Durante esse período, o daimyo construiu castelos impressionantes, com muros, portões e fossos que os tornavam inexpugnáveis.

Este sengoku, ou período de guerra civil, durou até que Tokugawa Ieyaso tomou controle do Japão em 1603. Tokugawa aplicou uma rígida política isolacionista e manteve o controle sobre os daimyos ao forçar suas famílias a viverem na capital, enquanto o próprio daimyo vivia na sua propriedade. Cada daimyo era obrigado a visitar a capital pelo menos uma vez ao ano (daimyos que caíam em desaprovação recebiam propriedades longe da capital, tornando a viagem mais cara e demorada). Isso garantia o controle sobre os daimyos porque suas famílias eram mantidas basicamente como reféns, e as caras viagens anuais os impediam de conseguir demasiado poder econômico.

Tokugawa também proibiu o porte de espadas, exceto pelos samurais. Todas as espadas possuídas por aqueles que não eram samurais eram confiscadas e derretidas para fazer estátuas. Isso marcou os samurais como uma classe muito distinta, acima dos cidadãos comuns.

Durante a paz forçada de Tokugawa, os samurais raramente entravam em combate. Foi durante esse período que os samurais assumiram outras funções, acompanhando seus senhores na ida e na volta da capital, trabalhando como burocratas no bakufu e cobrando tributos em arroz dos vassalos do daimyo.

domingo, 1 de agosto de 2010

Historia da pipa


Uma pipa ou papagaio, também designada no Brasil como cafifa, papagaio, quadrado, piposa, pandorga, arraia ou pepeta (em estados como Acre e Amazonas), é um brinquedo que voa baseado na oposição entre a força do vento e a da corda segurada pelo operador.
A Pipa é composta de uma estrutura armada que suporta um plano de papel que tem a função de asa, sustentando o brinquedo. Conforme o modelo pode contar com uma rabiola, que é um adereço preso na parte inferior para proporcionar estabilidade, geralmente feitas de fitas plásticas finas ou de papel, ou mesmo de pano, amarradas a uma linha.
É um dos brinquedos mais utilizados por crianças, adolescentes e até adultos. Na maiorias das vezes, não há um local apropriado para a prática desta brincadeira. Os pipeiros, como são chamados, acabam brincando em meio a fios de alta tensão em ruas e avenidas.
Muitos pipeiros molham a linha da pipa com cerol, uma substância resultante da mistura de cola e vidro, com o intuito de cortar a linha de outros operadores, em um tipo de disputa. Tal prática acaba provocando acidentes com os próprios pipeiros e com outras pessoas como, por exemplo, motoqueiros que tem seus pescoços cortados ao serem atingidos pela linha.
Pipa e Arraia

Muito populares são chamadas de pipas propriamente ditas aquelas em formato de pentágono, com cabresto triangular e rabiola. Já as arraias não possuem rabiola.

segunda-feira, 26 de julho de 2010



Eu abro o coração e a mente para a consciência de que os outros podem ver coisas a meu próprio respeito que eu não consigo enxergar.
Quando alguém chamar a sua atenção para aquelas fraquezas que você vem ignorando ou negando, não se zangue! Sabe, a vida usa as pessoas para nos alertar e permitir nosso crescimento. A pessoa é, simplesmente, uma ferramenta da vida. Ela está sendo usada pela vida quando você resiste em trabalhar as suas próprias fraquezas!
Dá para saber quando alguém diz uma coisa que nos causa resistência porque sentimos aquilo nos bater na boca do estômago, as orelhas esquentarem e as faces ficarem vermelhas. A sua primeira reação, talvez, seja querer interromper o outro. Ou, no instante em que ele acaba de falar, partir para o ataque. Quando você se pegar fazendo assim, pare! Pergunte-se: Por que é tão difícil ouvir isso? A que estou resistindo?
Você sente necessidade de se defender quando o outro percebe a sua fraqueza. Não estamos falando de situações em que a acusação é falsa ou superficial. Nem das situações em que o outro despeja a fraqueza dele sobre você. Estamos falando das situações em que alguém lhe revela coisas que você se recusa a enfrentar. Aquelas coisas que você procura esconder. Portanto, quando isso acontecer, esforce-se para náo se zangar. Veja isso como um sinal de que a vida quer lhe ajudar. Aproveite a oportunidade para se curar.
Até hoje, você pode não ter se dado conta, ou talvez tenha relutado em reconhecer, que há muitas coisas a seu respeito que requerem um pouco mais de atenção. Na realidade, você pode ter reagido de maneira excessiva e iritada quando alguém as apontou. Hoje, permita-se tomar consciência das suas fraquezas quando estas lhe forem mostradas. Preste atenção especial nas coisas que causaram raiva quando foram ditas, Não é fácil, mas considere uma benção do Espírito elas lhe terem sido apontadas.
Hoje eu me dedico a permitir que a vida me revele coisas que preciso saber a meu respeito.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Shiva o Destribuidor


Há muitíssimo tempo, havia três grandes deuses, filhos do Grande Deus Desconhecido, assim chamado porque - segundo narram os sábios - nenhum homem podia Dele se aproximar, a menos que tivesse o coração puro e limpo e merecesse, por suas virtudes, a graça de Sua visão.

Estas três divindades eram, como seu próprio Pai, imaculadas. Brahma, o primogênito, teve por tarefa a criação de todo o universo; o segundo, Vishnu, dedicou-se á conservação e cuidado da obra de seu irmão; enquanto que o mais difícil de todos os trabalhos, coube a Shiva.

- Eu modelo os mundos disse Brahma - para que todas as almas manifestadas tenham a oportunidade de cumprir seu ciclo e retornar à Consciência de nosso Pai Celeste. E por esta razão que crio estrelas e gotas de orvalho, e algum dia, todos seremos novamente UNO. Tempo e Espaço poderão então descansar, pois ninguém necessitará deles.

- Eu cuido da tua obra - falou Vishnu -, e velarei por ela dia após dia, minuto após minuto, para que se mantenha tal qual tu a criaste. Não terei sossego enquanto existir uma só criatura que deva transitar pela "casa das formas" em busca da essência de nosso Divino Pai.

- E tu Shiva? - interrogaram ao terceiro.

- Meu papel é muito difícil, queridos irmãos. Os homens que me contemplam, mas que permanecem aferrados á matéria, verão em mim seu destruidor, porque certamente serei eu quem levará suas almas de regresso ao reino de nosso Senhor. Os sábios, em troca, amar-me-ão buscando-me; e eu, prazeiroso, procurá-los-ei para orientá-los no caminho de retorno àquele mundo do qual jamais voltarão; mundo esse que só podem habitar os homens que alcançaram o supremo estado de perfeição espiritual.

- Sim - disse Vishnu - teu trabalho é árduo, e poucos poderão entendê-lo. Deverás ensinar aos homens que todo este universo criado por Brahma, e custodiado por mim, é pálido reflexo do outro, o real, que mora no coração de nosso Pai. Deverás fazer com que entendam que, ficar apegado a estas formas plasmadas por nós, é pueril. O sábio vê o intimo das coisas, e se une á Essência Suprema da qual tudo isto provém.

Assim foi sempre, e o é ainda agora. Enquanto Brahma cria o cosmos, Vishnu o protege, e Shiva ensina ao coração de todas as coisas, o meio pelo qual atingir a divina meta. Shiva, deus da Misericórdia e do Amor, com infinita ternura, alerta os homens para não se extraviarem na busca daquela Essência Suprema.

- Se souberdes abandonar todos os bens terrenos - diz a seus discípulos -, podereis achar o caminho da Imortalidade, nunca antes. Deveis matar todo apego físico e mental às coisas transitórias, a fim de que vos ilumine a glória dos bens eternos.

E como bom mestre de almas, ele próprio pratica uma austeridade tão rígida, que se tornou conhecido como o maior dos ascetas religiosos. Nada possui na casa-criação de seu irmão Brahma; nela, nada lhe pertence, a não ser as almas que ele, ansiosamente, busca elevar para uni-las a seu Divino Pai. Ainda que príncipe, veste uma humilde túnica de anacoreta, anda descalço, não participa de festa alguma neste mundo, e tudo quanto faz é concentrar sua mente e seu coração naquela amadissima Essência. Na mais alta montanha da índia, lá nos Himalaias, costuma-se vê-lo junto aos monges penitentes que vivem nas neves orando ao Deus Supremo. Eles também adoram Shiva, que reconhecem como seu mestre; e dizem que ele mora no monte Kailasa, perto do lago Mansarovara. Nesse louvado cume onde só chega o vento gelado, ele fica submerso em profunda meditação, tentando colocar toda sua vontade e seu amor na tarefa de despertar almas.

O Kailasa é um monte estranho: quando Shiva está meditando, afirmam que o próprio céu estremece de regozijo, agita-se a neve de suas encostas e as altas montanhas inclinam-se reverentes para, ansiosamente perguntar-lhe:

- Ó misericordioso Shiva! Quando estaremos libertas de nossos corpos de matéria, a fim de nos unirmos outra vez Àquele, nosso Senhor?

Os sábios contam que numa ocasião, quando Shiva estava absorto em profundas meditações, pareceu-lhe por um instante que todos haviam abandonado suas formas materiais; não existiam já nem pássaros, nem estrelas, nem homens, pois tinham-se convertido nesse Grande Desconhecido. Ao ver a criação reintegrada a seu primeiro lar, sentiu-se tão feliz que, no meio do vazio infinito, começou a dançar. Essa maravilhosa dança de Shiva é evocada ainda hoje, em toda a Índia; assim, uma vez por ano os monges a representam, querendo significar com isto que chegará o dia em que o universo inteiro tornar-se-á uma Única Realidade.

Shiva nada pede a seus devotos; uma vareta de incenso, uma flor ou uma simples oração é suficiente para louvá-lo. Todavia, para ele também são louvores as lágrimas de todos os que sofrem as misérias da vida terrestre.

Existe uma árvore que particularmente aprecia, e sob sua generosa sombra costuma abstrair-se em longas meditações. Na Índia chamam-na bael, e os devotos do Misericordioso depositam aos pés de suas estátuas, flores, folhas e pequenas lascas dessa madeira.

Diz a tradição que um dia, quando Shiva orava ao Deus Supremo, foi atacado por uma quadrilha de ladrões que, o desconhecendo e acreditando que fosse um rei, não por suas roupas, mas por seu porte, golpearam-no com bastões de bael para roubar-lhe o dinheiro que, imaginavam, possuía. Shiva não interpretou este ato como uma agressão; ao contrário, pensou que se tratava de devotos que lhe ofertavam pedaços daquela madeira, de um modo muito particular; entretanto, o único que pareciam conhecer. Nem por um instante cogitou em castigá-los, e sim agradeceu-lhes a dádiva de seu amado lenho. Os ladrões fugiram espavoridos, pois não compreendiam como alguém podia sorrir e agradecer cada golpe que recebia.

Numa outra oportunidade, descendo de seu monte Kailasa, pôs-se a contemplar todas as criaturas. Assim, viu nas selvas dos Himalaias um poderoso leão, respeitado por sua ferocidade e admirado por seu porte, que perambulava pelos intrincados caminhos; observou o tigre, as gazelas, o cordeiro, os pássaros, descobrindo com profunda alegria os cuidados e esmeros que havia tido seu irmão Brahma quando lhes deu suas formas adequadas. Por uma ou outra razão, todos eles eram queridos, procurados e elogiados. Mas, ai! quanto sofreu ao ver as serpentes, fugindo sempre das águias, dos homens de todo mundo!

- Ó Senhor da Piedade! - queixou-se tristemente Takshaka, o rei das serpentes. - Ninguém nos quer; absolutamente ninguém! Homens e animais procuram sempre nos matar! Não há em todo o reino deste mundo, criatura mais desditosa que o réptil...

E o senhor Shiva, com infinito amor, alçou várias delas e lhes disse:

- Como ninguém vos ama, dar-vos-ei meu coração e proteger-vos-ei com todo zelo. E assim o fez. Para que ninguém as atacasse, acolheu-as junto de si. Timidamente, algumas se enroscaram em seus braços, outras em seu pescoço e cabeça. Desde aqueles remotos tempos, pintores e escultores vêm fazendo quadros e estátuas do deus Shiva e suas serpentes... Muitos procuram um estranho simbolismo neste fato, cujo verdadeiro significado é o infinito amor que Shiva prodigaliza aos desamparados. Entre estes, também está o homem. O Senhor da Misericórdia, dá abrigo àqueles que o mundo rejeita, pois sabe que o Deus Desconhecido depositou sua essência em todas as criaturas, ainda que estas sejam - na aparência - decrépitas ou mentalmente aleijadas. Eis porque ele também ama os maus Logo serão perfeitos - diz suspirando. - Chegarão a descobrir-se e ser realmente o que são, isto é, filhos de nosso Pai Celeste.

Desta forma, Shiva vai de era em era, de cultura em cultura, ensinando às almas o caminho do retorno à Morada Eterna.

Ganesha é o Mestre do Conhecimento, da Inteligência e da Sapiência. É aquele que proporciona a potência espiritual e a inteligência suprema. É o grande removedor dos obstáculos, Guardião da Riqueza, da Beleza, da Saúde, do Sucesso, da Prosperidade, da Graça, da Compaixão, da Força e do Equilíbrio.

Ganesha significa "Senhor de Todos os Seres". É filho do Senhor Shiva, a "Realidade Suprema", e de Parvati, a "Mãe do Cosmos".

Seus sinais sobre a testa representam as três dimensões: a região inferior, a Terra e o Paraíso. Suas orelhas simbolizam a grande sapiência da educação espiritual. Seus olhos enxergam além da dualidade, o espírito de Deus em cada um. Sua tromba indica capacidade intelectiva. Suas presas representam os mundos material e espiritual, negativo e positivo, Ying e Yang, forte e fraco. Sua enorme barriga indica capacidade de "ingerir" qualquer experiência, representando também a abundância. Seus braços representam os
quatro atributos do corpo: mente, corpo, intelecto e consciência.

Em sua mão direita (acima) carrega uma machadinha, que decepa os apegos do mundo material; na outra (abaixo), o sinal do OM, que abençoa com prosperidade e destemor; na mão esquerda (acima), o laço significa a fertilidade, a própria natureza; na outra (abaixo), gadu, um doce feito de grão-de-bico com açúcar granulado ou doce-de-leite com arroz, que representa a satisfação e a plenitude do conhecimento. O rato significa que devemos ser astutos e diligentes em nossas ações. A serpente é o símbolo da energia física, guardiã dos segredos da Terra.